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26-02-2013 :: MERCADO FONOGRÁFICO BRASILEIRO EM 2012

 

    ·       Segundo reportaram as maiores companhias em operação no Brasil à ABPD, em 2012 o mercado brasileiro de música gravada em formatos físicos e digitais combinados, cresceu 5,13% em relação a 2011.

·         O resultado positivo do mercado fonográfico em 2012 foi causado principalmente pelo aumento de 83% nas receitas da área digital, que já representa mais de 28% do total do mercado físico e digital somados.

·         A expectativa é de que o mercado digital continue apresentando crescimento significativo, impulsionado por variados modelos de negócio e diferentes modalidades de oferta de música ao público.

 

Rio de Janeiro, fevereiro de 2013 – Segundo reportaram as maiores companhias fonográficas em operação no País à ABPD – Associação Brasileira dos Produtores de Discos, o faturamento  decorrente das receitas digitais (Internet e Telefonia Móvel), somado às vendas de CDs e DVDs com conteúdo musical, apresentou em 2012 crescimento de 5,13%, em comparação a 2011, atingindo R$ 392,8 Milhões. Dos 20 maiores mercados do mundo, o Brasil figura  entre os nove Países que tiveram crescimento em seus mercados de música gravada. Os demais são Austrália, Canadá, Índia, Japão, México, Noruega e Estados Unidos.

 

Apesar da redução de 10,04% nas vendas de CDs, DVDs e Blu-Rays do atacado ao varejo musical em relação ao ano anterior, o aumento de 83,12% nas receitas da área digital em 2012 foi mais do que suficiente para compensar e, de fato, ultrapassar esta oscilação do mercado físico, pela primeira vez no Brasil, o que foi determinante para o mercado de música gravada no Brasil apresentar crescimento pelo segundo ano consecutivo (em 2011 o setor já havia crescido em torno de 8%). O faturamento decorrente das diversas modalidades de negócios digitais atingiu a marca de R$ 111,4 Milhões, e ultrapassou as receitas com as vendas físicas de vídeos musicais em DVD e Blu Ray. O mercado de música digital em 2012 chegou a 28,37% do mercado total de música no Brasil (em 2011 esse percentual era de 16%). As vendas de CDs tiveram 43,88% do mercado total, deixando pela primeira vez de representar mais da metade das receitas (no ano de 2011 esse percentual foi 53%). Já os formatos físicos de vídeos musicais, que incluem DVDs e Blu-Rays representaram 27,75% das receitas das companhias que reportam estatísticas à ABPD (em 2011 esse valor era de 31%).

 
MERCADO DIGITAL

As receitas dos diversos formatos da área digital, auferidas pelas companhias que reportaram estatísticas à ABPD em 2012, tiveram um crescimento de 83,1% no ano passado, totalizando a movimentação de R$ 111.435.842. Este total se refere a receitas advindas de downloads de músicas avulsas, álbuns completos, toques de celular, subscrição de serviços de streaming e das modalidades digitais remuneradas por publicidade, tanto na Internet como na Telefonia Móvel.

 

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Faturamento (R$)

Receitas Digitais

 

24.287.188

 

43.503.539

 

42.778.577

 

53.964.412

 

60.852.970

 

111.435.842

Crescimento

185%

79,1%

– 1,7%

26,2%

12,8%

83,1%

Participação dentro do Mercado Total

 

8%

 

12%

 

11,9%

 

15%

 

16%

 

28,37%

Fonte: ABPD (valores reportados pelas maiores companhias fonográficas em operação no País).

 

Houve crescimento significativo em quase todos os tipos de negócios digitais, com mudança  no portfólio de receitas do mercado de música digital no Brasil, cujas diferentes modalidades, quando comparadas em termos financeiros, passaram em 2012 a apresentar um quadro mais equilibrado, sem hegemonia de nenhuma delas isoladamente, conforme demonstra o quadro abaixo.

 

 

 

2012

Mercado Digital

Participação

 

2011

Mercado Digital

Participação

2011/2012 Variação

 

R$

%

R$

%

%

Downloads Internet

 

23.747.219,68

 

21,3

 

2.353.255,28

 

3,9

 

+ 909

Telefonia Móvel

 

28.952.106,81

 

26

 

15.092.750,45

 

24,8

 

+ 91,8

Subscrição para Streaming

 

28.199.247,92

 

25,3

 

34.640.325,06

 

56,9

 

– 18,6

Streaming de Vídeos musicais remunerado por publicidade (Ex: Youtube e Vevo)

 

 

30.537.267,26

 

 

27,4

 

 

8.766.638,76

 

 

14,4

 

 

+ 248,3

 

TOTAL

 

111.435.841,67

Mercado Total

28,37%

 

60.852.969,55

Mercado Total

16%

 

+ 83,1

Fonte: ABPD

 

Na Internet, destaque para o crescimento dos downloads de faixas avulsas (+691%), de álbuns completos (+3.525%), de vídeos musicais (+3.370%), impulsionados quase que na sua totalidade pelo iTunes, que abriu sua loja para usuários brasileiros em dezembro de 2011. Na área de Telefonia Móvel, o crescimento continuou sendo impulsionado principalmente pelos “Ringback Tones” (+307%). O mercado de subscrição de serviços de streaming apresentou pequena redução de 18,6%, o que deve ser recuperado com facilidade em 2013, em virtude do início das operações de diversos serviços de renome internacional, baixo custo mensal e acesso a acervos musicais ilimitados. Houve ainda crescimento de 248,3% nas receitas de publicidade que remuneram streaming de vídeo, como o Youtube e o Vevo. 

MERCADO FÍSICO

Em 2012 as vendas de CDs, DVDs e Blu-Rays, registraram pequena queda de 10,04% no Brasil, voltando praticamente aos mesmos níveis de 2010, tendo as  companhias que reportam estatísticas para a ABPD, faturado  R$ 281.420.318 em vendas físicas de suportes com conteúdo musical. Este faturamento correspondeu a 25.306.809 unidades vendidas, 67,28% delas correspondendo a repertório brasileiro, 29,73% a conteúdo musical internacional e 2,99% a música clássica. Quando avaliamos somente as vendas em formatos físicos observamos que 61% do mercado correspondeu à vendas de áudio e 39% à venda de vídeos no ano passado.

VENDAS TOTAIS CDS + DVDS + Blu-Rays

Ano

Vendas Totais (R$)

2011

312.837.110

2012

281.420.318

Variação 2011/2012

(-10,04%)

Fonte: ABPD (valores reportados pelas maiores companhias fonográficas em operação no País, incluindo venda premmium).

VENDAS DE CDS

O total do faturamento das vendas de CDs em 2012 atingiu R$ 172.383.072 (valores do atacado ao varejo). Esses números, quando comparados aos de 2011, representam uma queda de 12,45% em faturamento.

Ano

Vendas Totais de CDs (R$)

2011

196.896.867

2012

172.383.072

Variação 2011/2012

(-12,45%)

Fonte: ABPD (valores reportados pelas maiores companhias fonográficas em operação no País, incluindo vendas premmium).

VENDAS DE VIDEOS MUSICAIS (DVDs + BLU-RAY)

As vendas de DVDs e Blu-Rays tiveram uma queda de 5,95% em 2012, se comparadas a 2011. O total do faturamento com DVDs e Blu-Rays atingiu R$ 109.037.245 (valores do atacado ao varejo).

 

Ano

Vendas Totais de Vídeo (R$)

DVDs + Blu-Rays

2011

115.940.243

2012

109.037.245

Variação 2010/2011

(- 5,95%)

Fonte: ABPD (valores reportados pelas maiores companhias fonográficas em operação no País, incluindo vendas premmium).

Segundo o Presidente da ABPD, Paulo Rosa, “2012 foi bastante positivo para o mercado de música gravada no Brasil. Já era esperada uma queda nas vendas de CDs e DVDs após um 2011 com crescimento, devido à performance muito acima do normal, de alguns títulos nacionais, o que não se repetiu na mesma escala no ano passado. Se observarmos friamente os números a partir de 2008, vemos que o mercado físico está de fato estável, com pequenas oscilações para mais ou para menos. Esta redução nas vendas físicas em 2012 entretanto, e pela primeira vez no Brasil, foi amplamente compensada pelo aumento de 83,1% nas receitas da área digital, o que resultou em um crescimento do total combinado “físico + digital” de 5,13% em 2012, comparado a 2011. 

O mercado de música digital brasileiro começa a demonstrar sinais claros de evolução e consistência. Os downloads pela Internet cresceram exponencialmente, com um detalhe importante: a receita gerada por vendas de faixas avulsas é praticamente igual àquela produzida pelos downloads de álbuns completos. O setor de Telefonia Móvel na música praticamente dobrou de tamanho em 2012, puxado principalmente pelos “ringback tones”. O faturamento das companhias da ABPD com streaming de vídeos musicais remunerados por publicidade como o Youtube e o Vevo, subiu quase 250%. A redução de 18,6% nas receitas de subscrição mensal para serviços de streaming deverá ser recuperada com a entrada de grandes operadores como a “Deezer” (operação já iniciada) e o Spotify (ainda por iniciar), apenas para citar dois exemplos.  Já é de 28% a participação do digital no total das receitas, é um resultado fantástico se considerarmos que em 2011 este percentual estava na casa dos 16%. Em 2013, esperamos que o mercado físico deva seguir estável, e a expectativa geral é de continuidade de crescimento do digital, em seus variados modelos de negócio.”  

 

 


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